“De julho a dezembro de 2017, a meta é contratar 1,2 mil.” Afirma Harro Burmann, CEO da Atlântico Sul.

25/11/2016 11:57

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Foto: Anderson Fetter / Agencia RBS

Recentemente em entrevista ao Zero Hora para o evento Fórum Respostas Capitais, do grupo RBS. Harro Burmann, gaúcho, CEO do estaleiro Atlântico Sul, afirmou que de julho a dezembro do ano que vem tem meta de contratar 1,2 mil funcionários.

Responsável por reestruturar e manter em atividade o estaleiro, Harro chegou a reduzir sua equipe com um quadro de 7 mil funcionários para 2,5 mil quando o pais ainda não havia entrado em recessão. Agora com a equipe estruturada, está contratando.

Ele diz que para o setor naval, o importante é ser produtivo. Desde que assumiu o estaleiro confrontou-se com o desafio de fazer a fábrica progredir e pagar os custos do passado. A produção naval é medida através de horas-homem, iniciar o processo de excelência em fábrica, baseando-se em práticas de melhoria contínua de produtividade e construindo mais em menos horas é um grande destaque de um estaleiro.

Veja abaixo duas perguntas realizadas à Harro, por Paulo Menzel, diretor da Intelog e Vilson Noer, presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV).

 

Qual sua visão sobre a capacidade do Brasil e do mundo para a produção de navios de cabotagem?

Visão sobre o mundo, não tenho ainda. Sei sobre a visão de um cliente, que quer vir para cá e movimentar bauxita. Até agora não precisei vender navios, são os caras que me compram. Sei que as empresas ganham dinheiro aí. Não é transportando óleo. O grande transporte é de minério. Esse é o próximo passo. Em cabotagem, o que o nosso pessoal está vendo como bom caminho é o estímulo à produção de navios. Mas hoje ainda não é competitiva.

 

Como podemos reduzir o desemprego no país sem deixar de lado a produtividade?

Estamos contratando. Em 2014, vimos que aquele não era o número de funcionários. Fizemos um plano focado em três comunidades, para terem bom plano de saúde, transporte de qualidade. Na época, diziam que o país estava uma maravilha, mas víamos que não era. Enxergamos dificuldades em nossos clientes e sabíamos que algo estava errado. Aprendi que nunca se deve colocar os ovos na mesma cestinha. Nem todos os setores vão estar em crise. Aqui, qual é o plano? Para que lado vamos crescer? No Brasil, é cada um por si e Deus por todos. Acho que estou fazendo minha parte pelo país. Falta um plano para entender os movimentos de mercado. E cada um deve fazer seu tema de casa. Não é fácil demitir. Mas falta um plano para o país. Quem tem mais empresas consegue fazer algo diferente. As federações talvez não consigam fazer esse movimento. Na produção, é preciso observar. O modelo Toyota de produção nasceu assim. Gerenciei fábricas em 35 países. Montei fábrica na Índia. Fechei fábrica em Paris, foi chique (risos). Máquina é tudo igual. Processos, melhor é desenvolvê-los, mas se não der, pode-se comprar. Meu pessoal é diferente porque tem religiosidade. Estou aprendendo a gerenciar esse fator. Todo os dias, antes de começar a trabalhar, a gente faz ginástica e reza.

Para visualizar a entrevista na íntegra, você deve acessar este link.

 

Engenharia Naval, um oceano de possibilidades! ♥